TCC que vale bolsa

Enquanto para alguns alunos a produção da monografia transforma-se em dor de cabeça, outros fazem desta criação uma oportunidade única. Essa é a proposta da 6º edição do programa de Bolsas para Trabalhos de Conclusão de Curso. Nele, pessoas que tenham interesse em produzir trabalhos focados na relação entre “criança”, “consumo” e “mídia” poderão receber uma bolsa de R$ 350,00/mensais, durante seis meses. No total, sete bolsas serão concedidas.

O foco do trabalho deve dirigir-se à interface geral entre “Criança, Consumo e Mídia”, “A relação entre a publicidade e a expansão do consumo das classes C e D no Brasil” e os “Desafios para a autorregulamentação da publicidade”.

A ação é desenvolvida pela Coordenação de Relações Acadêmicas da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) com apoio do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana. Realizado desde 2007, o programa de bolsas seleciona trabalhos relacionados à Comunicação e à agenda social brasileira.

As inscrições seguem até 20/7 no site do programa. Os contemplados serão conhecidos até o dia 16/08 de 2010.

Fonte: J.U Online

Organização é tudo!

Apresento a vocês meu caderninho de anotações, grande parceiro durante o TCC!

Por Camila Schafer

Quando me matriculei no TCC1 já tinha projeto e orientador definidos. Estava tranquila, afinal tudo estava bem encaminhado. O que eu não contava é que, em janeiro, meu orientador me pediria para mudar o assunto. “Teu projeto ta ótimo, mas o assunto é muito manjado”, disse ele. Aí fiquei perdida: sobre o quê eu vou fazer meu Trabalho de Conclusão agora, pensei. Baseado no assunto de um blog que mantenho, meu orientador sugeriu o assunto do TCC: música de videogame como um produto cultural autônomo. Aí baixei a cabeça e comecei um novo projeto, mas sempre com aquela pontinha de dúvida: será que esse assunto rende um TCC? Mas o que esse assunto pode trazer de contribuição à comunicação? Que relação ele tem com o jornalismo? Terminei o projeto, meu orientador elogiou e iniciei então o TCC.

Vocês devem imaginar o que eu encontrei de bibliografia né? Quase nada! Passei muito tempo pesquisando, procurando livros, artigos, qualquer coisa. Achei muito material em inglês e, como não sei ler na língua, tive de recorrer ao Google Translate. Traduzi dois livros (cada um com umas 200 páginas) página à página, copiando e colando no tradutor… Li muuita coisa. Cheguei a ler livros inteiros para aproveitar apenas uma linha. Por sorte, meu trabalho estava bem adiantado (queria me livrar de uma vez… hehe) e eu aproveitava cada minuto livre para fazer o TCC. Fiz meu trabalho nas férias, nas noites que não tinha aula, no tempo livre do trabalho, no tempo que sobrava quando saía mais cedo da aula, mas em compensação nunca precisei sacrificar meus finais de semana por causa do TCC. Nos sábados e domingos eu descansava.

Consegui entregar meu trabalho a tempo, mas, como muitas pessoas, com aquela sensação de que poderia ter ficado melhor. A banca também foi tranquila. Os avaliadores me deram mais sugestões do que fizeram perguntas. Passei com distinção e saí da sala aliviada.

Depois disso, fui convidada a dar uma palestra sobre o assunto do meu TCC na GDS, evento do curso de Jogos Digitais, da Unisinos. A experiência foi muito legal. Várias pessoas assistiram e me fizeram perguntas. Ainda bem que eu sabia responder todas! hehe
Não quero me alongar muito, por isso seguem minhas dicas:

1 – adiante o máximo que conseguir: ainda na disciplina de projeto de pesquisa já tenha um orientador em mente. Converse com ele e já vá adiantando algumas leituras, para, nos últimos dias, não dar correria, caso tenha que mudar de assunto ou de rumo. Lembre-se: existe muuita coisa pra ler e você sempre terá a impressão que faltou algo;

2 – converse bastante com seu orientador: não tenha retrabalho. Esclareça todas as dúvidas com o orientador primeiro, leia e escreva depois de ter bem definido o foco do trabalho;

3 – aproveite cada minuto livre para fazer o TCC: é, infelizmente a cervejinha depois da aula vai ter que ficar de lado por uns dois semestres, mas, em compensação, se aproveitar bem os minutos livres, você terá o fim de semana para descansar. Não tá a fim de ler? Coloca o trabalho nas normas da ABNT. Não tá a fim de escrever? Pesquisa na internet artigos que possam lhe ajudar. Como a Dani disse, encontre seu horário mais produtivo e vá à luta!

4 – anote todas as ideias que você tiver para o TCC: parece que não, mas a gente sempre esquece aquela ideia que estava pensando no ônibus, no almoço, no trem… por isso, ANOTE SEMPRE. Tenha um caderninho sempre à mão e não escreva em papeizinhos, senão poderá perdê-los. Obs.: eu mesma já estava esquecendo de dar essa dica, mas por sorte eu tinha anotado 😉

5 – já comece a escrever o trabalho nas normas da ABNT: parece que não, mas formatar leva muuuito tempo, por isso, economize seu tempo, já vá escrevendo nas normas da ABNT, principalmente as citações. Vai pagar alguém pela formatação? Então deixe pelo menos as citações nas normas;

6 – pense na banca depois de entregar o TCC: a banca nada mais é que a apresentação oral da introdução e conclusão do seu trabalho. Quinze ou vinte minutos com uma apresentação em PowerPoint e pronto. Não de descabele antes do tempo;

Boa sorte e paz a todos 😉

Tecêzite Crônica

Por Patrícia Gastmann

Você se matriculou no TCC. Tenho uma boa e uma má notícia. Vamos iniciar pela má, sua vida social acabou. Em compensação há uma luz no fim do túnel, a faculdade está perto do fim, e a formatura bem próxima! Prepare-se para sofrer de Tecêzite aguda, e acredite, não é contagiosa, embora pareça. Afinal, ao pronunciar a palavra trabalho de conclusão todos irão entender que não devem chegar perto de você, nem querer sua companhia para o happy hour durante a semana, e muito menos a sua presença nas festa do final de semana.

A Tecêzite tem como sintomas alucinações e “ataque de nerdisse”. Preste atenção para reconhecer quando estiver em meio a uma crise: um belo dia, mergulhado nas leituras você tem uma ideia brilhante, e acredita que nunca ninguém pensou sobre isso na história da ciência. Enfim, a sensação de ser um gênio vai dominar a sua mente, mas ela não dura muito, só o tempo de acabar lendo o seu insight em um livro ou artigo. Bom, superada a frustração de  não ter o seu nome indicando ao próximo Prêmio Nobel, você vai respirar aliviado, tem alguém nesse mundo que pensa igual a você. E  mais que isso, alguém que conseguiu explicar em palavras aquilo que estava só na sua mente. Nessa hora vai dar vontade de ter o telefone do tal cara, (você não consegue pronunciar o nome dele, “porque raios” o nome de referências sempre são complicados) e o chamar pra sentar em um bar, conversar sobre desterritorialização, sistemas de interação social, midiatização, entre outros assuntos que vocês têm em comum. Alguns pontos de vista você concorda com ele, outros diverge, mas ta “tri afim” de debater com a figura para o bem da ciência e a humanidade em geral, afinal, você tem muito a acrescentar.

Mas fique tranquilo, a Tcêzite não mata, no máximo te deixa com uns kilos a mais. Graças às horas sentando na frente do computador acompanhado de um pacote de bolacha recheada e um copo de Coca-Cola. A Coca tem um grande índice de cafeína, o que justifica o um litro e meio ingerido diariamente. Por fim, não se preocupe com a cura, ela vem, mas não sem antes você ter passado por todos os sintomas.

Foi como ser mãe pela primeira vez

Por Fabiane Castro

As mamães que desculpem a comparação, já que de fato eu não sou mãe e nem pretendo ser tão cedo. Mas a emoção que senti ao ver meu TC finalizado, impresso e prontinho em meus braços, foi como se ele fosse um bebê lindo sorrindo para mim. Isso mesmo. Meu bebê nasceu! Os acontecimentos que antecederam esse momento podem ser comparados com um verdadeiro parto. 

Acredito que ter um filho é uma decisão que requer planejamento. Mesmo que você tenha que ajustar metas para alcançar seu objetivo, o planejamento sempre facilitará os ajustes. Dica 1: Planeje. Na disciplina de Conhecimento Científico já comece a “rascunhar” com carinho o que você pensa em fazer em seu TC. No TC1, a atitude de ter planejado resultará em melhor coleta de dados e uma melhor percepção sobre o que você deseja realizar em seu trabalho.

Após planejar um filho, o próximo passo é executar esse planejamento. Convenhamos, toda criança deveria vir ao mundo sabendo que foi muito desejada. Então, é preciso amor, é preciso carinho, é preciso muito tesão para fazer um filho bem feito. Maravilha é você saber que veio ao mundo, feito com muito tesão! Isso só resulta em seres humanos amados e que se sentem capazes. Dica 2: Escolha um tema que desperte o seu tesão. Você precisa ter vontade de descobrir, de olhar para o seu objeto de estudo e explorá-lo. Escolha um tema com o qual você se identifique. Algumas questões interessantes: Você deseja trabalhar com o quê? Por quê? Essas perguntinhas podem render belas inspirações para a escolha do seu tema.

Algumas mamães dizem que a gestação tem momentos de prazer e outros mais difíceis. Há mamães que ficam enjoadas, sentem desejos estranhos, engordam… Pensamentos, sensações…Muitas coisas mudam, mas o fato é que sua rotina apenas ganhou um algo especial, um “plus” que requer atenção. Outras mamães sentem-se mais apaixonadas, curtem sua barriguinha com muito carinho e cada chute que o bebê dá é uma comemoração. A gestação pode não ser fácil, apresenta situações até então desconhecidas. Ao mesmo tempo, é um momento especial, único, que deve ser vivenciado com emoção. Dica 3: Você terá momentos de prazer, de alegria, de cansaço, de superação, de etc e etc. Vários pensamentos e sentimentos acompanharão você nessa trajetória de TC. Então, concentre-se nos mais positivos, pois esses são os que produzem melhores resultados em seu desempenho. Não perca o foco no meio do caminho.

A proximidade do parto foi um tanto complicada
Posso dizer que minha “gestação” foi muito tranquila. O filho foi planejado, feito com muito tesão. Adiantei boa parte de seu enxoval no TC1. Tudo belo e sereno até que, na proximidade do parto, meu “filhinho” resolveu se rebelar. Faltando duas semanas para a finalização, o arquivo em que eu trabalhava e salvava apenas no pen drive e no note, corrompeu! Como dizem meus colegas de trabalho: “vinagre!”. Isso aconteceu numa quarta-feira. Cheguei após um dia de trabalho com muita vontade de curtir o meu “filho”! Com esse episódio, chorei pela primeira vez! Sensação de aborto! Perda de algo que estava há meses me acompanhando, perda de algo tão meu. Metade dele eu já tinha salvado em e-mail, mas este dia foi de intensa produção. Na hora de copiar para o pen, aconteceu essa “tragédia”. Dica 4: Faça várias cópias do seu arquivo, salve em vários lugares! Esse é um ato simples. Assim como alguns abortos acontecem por certos descuidos, sempre é bom redobrar os cuidados nessa fase. A minha salvação foi pedir ajuda aos “universitários”, que converteram o arquivo. Perdi a formatação, foi retrabalho. Mas superei! Foi só um susto! Meu “filho” estava vivinho para minha alegria!

Acreditem, certas coisas seguem a Lei de Murphi. Depois desse episódio, meu note resolveu “pirar”, terei que formatá-lo, pois ele está numa fase muito “tchiuti”. (risos). Dica 5: Conte com a tecnologia para auxiliar a realização do seu trabalho, mas cuide, faça inúmeras cópias do seu arquivo do TC. Salve! Salve! Essa é a salvação!

No dia 2 de junho entrei em trabalho de parto, últimos retoques, preparação para este “filho” amado. Que MOMENTO! Como uma mãe emocionada, senti vontade de chorar…Foi emoção…Foi alegria…Nesse momento passou um filme na minha mente: Lembrei desde quando eu sonhava em ser jornalista….Lembrei de pessoas em minha vida…Lembrei das ideias e sensações que me acompanharam na realização do TC…Lembrei, inclusive, do Blog TCzão e das minhas parceiras Pati, Dani e Camila, com quem também compartilhei os momentos tensos e alegres nesta trajetória. Este Blog foi, sem dúvida, mais uma forma de celebramos esta feliz etapa em nossas vidas.

Comemorar é preciso
Levei meu “filho” para casa. Hoje, vou entregá-lo. Agora me sinto como uma mãe “coruja”, que vai sentir saudades ao ver o filho partir. Também confesso: se o nascimento tira um peso da barriga das mamães, a entrega do TC tira um peso de nossas costas (risos)! No entanto, não devemos nos enganar com essa sensação de missão cumprida, pois ainda resta a banca, resta a formatura, resta pegar o tão esperado “canudo”. Diz o ditado: “filho criado, trabalho dobrado”. Que venham as novas etapas em nossas vidas! Que venham as novas responsabilidades! Alegria! Alegria! Tudo isso é vida! Dica 6: Comemore! Hoje vamos comemorar a entrega! O “filho” nasceu! \o/

Aproveito para registrar a gratidão à minha família amada, amigos, meu orientador Valério Brittos. Enfim, agradeço à vida por ter colocado em meu caminho pessoas e acontecimentos que motivaram minhas atitudes para que eu jamais desistisse dos meus sonhos e seguisse nessa caminhada. Simplesmente, estou muito…muito…muito…FELIZ! 🙂

Adiando a formatura

Ninguém consegue o tão sonhado “canudo” sem passar pelo temido TCC. Fernanda Poletto, 29 anos, estudante de jornalismo da Unisinos precisou adiar o sonho da formatura por mais um semestre. Tudo culpa do nosso mocinho, que por vezes também passa a ser vilão. No início do ano letivo, Fernanda estava decidida a se formar, faltando um mês para o fim do prazo de entrega viu que não daria conta do recado.

Acompanhe o relato de Fernanda, sobre a “novela” do seu TCC

Fernanda Preussler, 29 anos, tem em comum com a Fernanda Poletto, além do nome, uma experiência que a fez adiar a formatura por mais um semestre. A partir da decisão de não apresentar o seu trabalho minutos antes da banca iniciar, Fernanda lembra: “Escrevi em um papel que eu não me achava em condições de apresentar o trabalho. Com isso, pude repetir apenas o trabalho de conclusão II”. Caso contrário, se ela não tivesse feito essa carta, teria que começar tudo de novo, ou seja, cursar novamente as disciplinas TC1 e TC2.  Hoje, a formanda, futura jornalista com diploma, comemora: “Ufa! Aqui estou eu mais uma vez tentando! Desta vez, conseguindo entregar o trabalho e, o mais importante, agarrar o canudo!”.

Fernanda Preussler também precisou adiar a formatura por mais um semestre